Carib Propaganda

Blog

Mulheres na tecnologia – Qual o nosso futuro?

18 de maio de 2022 | Categoria: Inspiração, Tecnologia
Mulheres na tecnologia

Hoje nós vamos falar sobre o futuro das mulheres na tecnologia. Eu, Maria Olívia, sempre fui “a menina do TI”, “a amiga que arruma as coisas tecnológicas”, “a menina que viaja quando o assunto é inovação”. E nunca fui “a menina que não sabe ligar o computador”, “a amiga que pede ajuda pra escolher um notebook novo” ou “a menina que odeia assuntos como games ou viagens até a lua”.

O que fez de mim ser diferente das estatísticas atuais?

  • O número máximo de mulheres em uma sala de aula de Ciências da Computação ou Sistemas da Informação é 36%.
  • A cada 80 pessoas dentro da sala de Engenharia da Computação, 6 são mulheres.
  • Meninas brincam de boneca e meninos de foguete.
  • Quando a família tem um casal de filhos, o computador fica no quarto do menino e não da menina.

Pode parecer estranho falar sobre isso, mas você mulher, já tentou conversar sobre CS ou GTA com algum homem? Já parou pra analisar que quando tem uma mulher fazendo LIVE a audiência aumenta, mas não pela capacidade dela, e sim, pelo corpo?

Porque foi tudo isso que me fez ser diferente do mundo real.

Eu sempre fui a primeira a trazer inovação para dentro da minha empresa, sempre empoderei mulheres para que elas possam entender que não é um problema carregar um cabinete de computador até outra sala ou trocar os cabos para ver se o monitor está funcionando.

Como curiosidade, por estar agora respirando as novidades do Metaverso, adivinha só quem é meu maior público? Sim, os homens!

Então, trouxemos uma mulher gigante que trabalha desde sempre em um ambiente predominantemente masculino.

Maria Fernanda é Gerente de Desenvolvimento de Software no Ifood e lida diariamente com o assunto!

Mas, antes de pedir para que a Fer responda algumas dúvidas, estava assistindo a TEDx da Camila Achutti, cientista da computação e empreendedora e ela me inspirou ainda mais a falar sobre o assunto “Mulheres na Tecnologia”.

Camila mostra para nós como mulheres são minoria esmagadora no meio. Como nós temos medo de levantar a mão e falar que sabemos sim de tecnologia, porque a gente sempre acha que “isso não é coisa de menina”.

Ela enfatiza que a sociedade prega o estereótipo da tecnologia como: homem, de óculos de grau, barbudo e antissocial. Enquanto mulheres precisam ser boas em tudo: casa, família e trabalho, menos na tecnologia.

Camila também lembra que a primeira programadora da história era mulher – Ada Lovelace – e que no passado, homens estavam na guerra enquanto mulheres trabalhavam na tecnologia.

Enfim, é tanto conteúdo que a gente pode até criar um evento sobre isso! Continuem acompanhando nossas redes e, quem sabe, você não recebe um “save the date”. 

Para fechar nossa reflexão, pedi que a Maria Fernanda respondesse algumas perguntas:

  • Fer, o que te levou a trabalhar com a tecnologia? Você lembra qual foi o seu primeiro projeto que te fez morrer de orgulho?

Eu sempre fui a criança que gostava de brincar de lego e minha matéria preferida sempre foi matemática. Desde os seis anos, quando ganhei meu primeiro computador, o que eu mais amava era jogar e desbravar tudo que ele me fornecia. Aos 12 anos, com meu primeiro blog, eu já adorava personalizar os templates com meu próprio código. Então, estudar algo na área de exatas e de tecnologia não foi uma surpresa para ninguém. 

Com certeza, o primeiro grande projeto que fiz parte foi adaptar um app que tinha sido usado durante a Copa do Mundo de 2014 para funcionar para as mais diversas ligas de futebol: Campeonato Brasileiro, Libertadores, UEFA, etc. Trabalhei desde o começo desse projeto, com um deadline super apertado, com muitas horas extras de trabalho. O dia que esse projeto foi para o ar, eu chorei igual a uma criança.

  • Quando você se tornou líder, o que as pessoas mais falavam para você? E os homens? Que tipo de influência eles tinham sobre o assunto? 

Quando virei líder, a maioria das pessoas do trabalho super me incentivaram, deram dicas, indicaram livros, ofereceram mentorias. Houve um único liderado (homem) que não aceitou muito bem minha liderança e não aceitava as decisões que eu tomava. Foi um momento bem delicado, mas meu líder se manteve do meu lado e tomou a decisão de trocar ele de time.

  • Quem foi/foram as pessoas que te motivaram a escolher essa área?

Meu interesse por essa área vem da minha facilidade e fascínio por números e matemática, e isso, com certeza, vem de todo incentivo que minha mãe, psicopedagoga, e meu pai, administrador de empresas, deram desde muito pequena. Aos seis anos de idade, eu brincava de tabuada com meu pai, aos oito, meu jogo de computador preferido era um jogo educacional de números e contas.

Quando precisei escolher uma faculdade, eu decidi unir minha paixão por números com a paixão por computador, e foi quando decidi cursar Ciências da Computação.

  • Você sofreu algum tipo de “abuso” ou pressão por ser mulher?

Sofri assédio moral na faculdade e no ambiente de trabalho. Na faculdade, tive que ouvir que “computação não era pra menina” inúmeras vezes, e que “minhas dúvidas eram burras porque eu era mulher”. No ambiente de trabalho, já tive que ouvir que fui contratada porque o requisito era apenas ser mulher e não pelas minhas capacidades profissionais. Também já fui tratada como secretária e não gerente de tecnologia. 

Sou muito feliz em estar atualmente em uma empresa que dá voz às mulheres e que jamais aceitaria qualquer uma dessas atitudes.

Por: Maria Olívia

Veja também